Papo de Coaching

O que é coaching de carreira ou transição e para que ele serve?

27 mai 2015
  • Compartilhe:
Imagem de nemo em Pixabay

Imagem de nemo em Pixabay

Gil Vicente chegou a mim por indicação de um amigo. Ele estava em dúvida com relação a algumas decisões que precisava tomar na carreira. Queria sair do emprego, pensava em abrir um negócio próprio, mas foi surpreendido com uma nova proposta de trabalho. Ficou confuso e concluiu que precisava de ajuda para desembaralhar essas cartas e definir o rumo certo. Só que ele não sabia exatamente como funcionavam os serviços que eu ofereço e me ligou. Ao telefone, sugeri que ele viesse ao meu escritório para que pudéssemos conversar com calma. Foi aqui na minha sala que expliquei a ele como funciona o coaching.

– Veja, Gil, há alguns tipos de coaching. O que você está procurando chama-se coaching de carreira ou transição.
– Sim, e como funciona?
– Bom, o objetivo é exatamente ajudar pessoas em momentos delicados como o seu a se organizar e definir metas mais claras. O público-alvo vai desde recém-formados, que precisam definir um rumo, até quem está prestes a se aposentar. Eu, por exemplo, já atendi aqui um alto executivo de uma multinacional que se aposentaria dali a alguns meses, mas não queria parar de trabalhar completamente. Juntos, revimos os talentos dele, coisas que ficaram perdidas com o passar do tempo, e que poderiam ser aproveitadas agora, nesta nova etapa.
– E o que ele resolveu fazer da vida?
– Pois é. Esse caso foi muito interessante. Numa das sessões, ele lembrou que foi palhaço na juventude. Desta lembrança, veio um insight: a possibilidade de unir na carreira de palestrante sua habilidade de falar em público e ser engraçado com todo o repertório que acumulou ocupando cargos importantes no mercado corporativo.
– Puxa, que bacana, Rangel. Bom, e como é feito o coaching de carreira? Existe um passo-a-passo, um número fechado de sessões?
Nós usamos uma série de ferramentas de coaching para trazer à tona as informações de que precisamos para descobrir seus talentos, reconhecer suas metas profissionais e pessoais e poder alinhar tudo isso à sua carreira. Não estipulamos um número fechado de sessões. O coaching termina quando o cliente conclui todo o processo. Para algumas pessoas é mais rápido e, em torno de oito sessões, tudo está resolvido. Para outras, é mais lento e pode levar, por exemplo, doze encontros com cerca de uma hora de duração cada um.
– Certo. E que tipo de ferramentas de coaching são essas das quais você fala?
– São uma série de questionários, tabelas e exercícios que ajudam o coachee a enxergar melhor a realidade em que está inserido. Por exemplo, usamos a Roda da Vida, um círculo dividido em dez “gomos”. Cada um deles representa uma área da vida: família, espiritualidade, carreira, e por aí vai. O cliente deve atribuir notas de um a dez para cada uma delas. Com isso, conseguimos ver com clareza onde estão as carências e o que é preciso fazer para supri-las.
– Puxa, que coisa interessante, Rangel!
– É muito bacana mesmo. Tem um outro exercício que requer a ajuda de pessoas que trabalharam com o coachee no passado. Você escolhe essas pessoas, que podem ser antigos chefes e colegas que o conheçam bem, e envia perguntas sobre os seus talentos para eles.
– Nossa, que vergonha, Rangel. Acho que vou ficar muito constrangido.
– Não vai, não. Eles não precisam responder para você. Respondem para mim e eu lhe mostro as respostas mais relevantes. É ótimo para você ter clareza dos seus talentos, das habilidades em que você pode e deve investir.
– Entendi. E tudo isso é feito aqui, no seu escritório?
– Na maioria das vezes, sim. Mas eu posso atender via Skype também. Funciona muito bem. Já fiz um coaching de carreira com um cliente que estava em Dubai, por exemplo.
– Nossa! E deu certo?
– Muito certo.
– Está bem. Então vamos nessa, não é? Podemos começar na semana que vem?
– Certamente.

Papo de Coaching é uma seção fixa onde discuto assuntos sobre os quais trato dentro do meu escritório. Às quintas-feiras, conto a vocês as histórias de uma pessoa especial, o Gil Vicente. Ele é um personagem fictício, mas suas dúvidas e angústias são muito reais. A voz de GV é a voz de outros clientes que, todos os dias, colocam em dúvida o que estão fazendo para viver, enfrentam desafios para se relacionar melhor no ambiente corporativo, para disputar uma promoção, para dar conta de muitas tarefas em um só dia. É disso que falaremos nesta coluna.  

  • Compartilhe:
Comente (0)
Na Mídia

Exame.com: O que podemos aprender com os gansos

25 mai 2015
  • Compartilhe:

Na série de vídeos para o Sua Carreira, da Exame.com, expliquei algumas lições que podemos aprender com o comportamento dos gansos selvagens. Uma delas é a solidariedade dentro da equipe. Confira!

Gostou? Acesse a seção Livros, onde há mais detalhes sobre a coleção O que Podemos Aprender com os Gansos, em que me aprofundo mais sobre esta metáfora entre a vida dos gansos e carreira.

  • Compartilhe:
Comente (0)
123