Papo de Coaching

O que são e para que servem as Âncoras de Carreira

16 jul 2015
  • Compartilhe:
Imagem de ClkerFreeVectorImages em Pixabay

Imagem de ClkerFreeVectorImages em Pixabay

– Oi, Gil, como vai? Trouxe seu formulário de Âncoras de Carreira preenchido?
– Trouxe, sim, Rangel. Aqui está. Mas eu não consegui chegar a conclusão nenhuma. O resultado são essas siglas, para as quais eu não faço ideia de onde posso encontrar os significados. Será que você esqueceu de me entregar algo?
– Não, eu não esqueci. Esse questionário funciona assim mesmo. O coachee responde as perguntas e, junto com o coach, é feita a interpretação para se chegar ao resultado, ou seja, às suas âncoras.
– Foi exatamente esta parte que eu não entendi ainda.
– Bom, “âncoras” é como chamamos os principais perfis profissionais. É como se fossem os signos do ambiente de trabalho. Só que, diferente do que ocorre na astrologia, uma pessoa pode combinar mais de uma âncora, de acordo com o resultado do questionário. Você, por exemplo, indica dois perfis, duas âncoras: “Autonomia e Independência” e “Estilo de Vida”. Já vou dizer para você o que isso significa, mas, só para que saiba, além desses perfis, temos: “Puro Desafio”; “Dedicação a uma Causa”; “Criatividade Empreendedora”; “Segurança e Estabilidade”; “Técnica/Funcional”. Esta é mais uma importante ferramenta.
– Perfeito. Agora diga para mim o que significam minhas âncoras. Estou curioso.
– Vamos lá. Começando por “Autonomia e Independência”. Têm esta âncora pessoas que “buscam uma carreira onde podem ter mais independência e poder de decisão; preferem trabalhos com metas bem definidas, mas que fiquem por sua conta os meios de alcança-las; não renunciam à oportunidade de definir seu próprio trabalho, à sua própria maneira; não toleram supervisão rigorosa; sentem-se promovidos quando ganham mais autonomia.”
– Muito bom. Sou eu.
– Eu também acho que tem tudo a ver com você.
– Agora vamos à outra âncora, “Estilo de Vida”. Estão neste grupo profissionais que “focam tanto no crescimento profissional quanto na busca de conciliar a vida pessoal e profissional; buscam encontrar uma forma de integrar/combinar todas as suas necessidades (individuais/de família/ de carreira); podem ser altamente motivadas pelo trabalho, mas entendem que ele deve se integrar à sua vida como um todo; são pessoas que querem, acima de tudo, flexibilidade e buscam organizações que permitam a acomodação de algumas questões pessoais; tendem a não aceitar mudanças físicas muito facilmente e sempre avaliam e levam em conta o impacto na família e em seu estilo de vida; definem sucesso em termos mais amplos do que simplesmente sucesso na carreira/ sua identidade está mais vinculada ao modo de viver sua vida como um todo, onde se estabelece, como lida com sua situação familiar e como se desenvolve, do que qualquer trabalho ou organização.”
– Uau! Que bacana, Rangel. Sinto-me muito representado por essa descrição.
– Que bom. Eu também acho que tem tudo a ver com você.
– E agora?
– Agora entramos numa etapa muito bacana. Quero que você pense em possibilidades de carreira que combinem com tudo o que temos discutido e descoberto aqui. Eu também vou pensar em algumas. E, na próxima sessão, conversamos sobre elas.
– Combinado.

Papo de Coaching é uma seção fixa onde discuto assuntos sobre os quais trato dentro do meu escritório. Às quintas-feiras, conto a vocês as histórias de uma pessoa especial, o Gil Vicente. Ele é um personagem fictício, mas suas dúvidas e angústias são muito reais. A voz de GV é a voz de outros clientes que, todos os dias, colocam em dúvida o que estão fazendo para viver, enfrentam desafios para se relacionar melhor no ambiente corporativo, para disputar uma promoção, para dar conta de muitas tarefas em um só dia. É disso que falaremos nesta coluna.  

  • Compartilhe:
Comente (0)
Na Mídia

As vantagens de um plano de carreira

01 jul 2015
  • Compartilhe:
Imagem de OpenClipartVector em Pixabay.com

Imagem de OpenClipartVector em Pixabay.com

Quais as vantagens do plano de carreira e como tirar melhor proveito dele? O que é preciso ter nesse plano? Com as mudanças cada vez mais frequentes no mercado de trabalho, ainda é viável fazê-lo? O assunto é tão complexo quanto antigo, mas os questionamentos ainda são muitos. Antes de tudo, é importante esclarecer que a pessoa não deve esperar que a empresa tenha um plano de carreira para ela.

Anos atrás, quando se falava no assunto, era como se a empresa tivesse a obrigação de oferecer uma carreira ao funcionário que nela entrava. Hoje está claro que quem faz a carreira é o indivíduo. É ele que tem de fazer o planejamento de sua vida profissional, de acordo com seus objetivos, valores, metas pessoais e aptidões. A empresa, seja esta ou aquela, é apenas um meio, um instrumento para alcançar o que almeja. Portanto, é sempre tempo de pensar em um plano de carreira.

Por onde começar? Ajuda muito alinhar as metas pessoais com as profissionais. Boa parte das frustrações é consequência da falta desse alinhamento. Um momento importante no plano de carreira é, antes mesmo de entrar na empresa, se perguntar: a organização oferece oportunidades de crescimento? Eu prefiro trilhar a área técnica ou gerencial? Se desejo atuar no exterior, há espaço para isso na empresa? Como está a minha fluência em pelo menos um segundo idioma? Eu desejo equilíbrio entre vida profissional e pessoal; a empresa proporciona essa condição?

Você talvez conheça alguém que detesta trabalhar sob pressão, que está em uma empresa na qual é valorizado o estilo hard, com grande volume de trabalho e até a coação para o cumprimento de metas e prazos. Ou aquela pessoa que detesta desorganização e é, por natureza, disciplinada e organizada, mas está em uma companhia absolutamente errática em suas práticas gerenciais, e nada anda, nada flui, e há muito desperdício de tempo e dinheiro. Essas frustrações são muito comuns, e um planejamento prévio poderia evitar que situações assim acontecessem.

Planejando a carreira, o profissional fica mais focado e pode balizar melhor seu progresso. Pode verificar se está evoluindo em relação ao seu plano e fazer as correções necessárias, se os resultados não forem os esperados. Pense em ações que sejam mais concretas e eficazes. Quais tipos de cursos fazer, qual idioma investir, onde focar o networking?

A melhor forma de tirar proveito do plano é tê-lo como um guia de tomada de decisões. Quando a pessoa não tem um objetivo claro daquilo que quer, perde o foco, e sua carreira fica à margem dos acontecimentos. É como se a pessoa terceirizasse sua vida profissional, deixando-a nas mãos dos outros.

Texto de Alexandre Rangel originalmente publicado no portal Administradores.

  • Compartilhe:
Comente (0)
123