Papo de Coaching

O dia em em que Gil Vicente teve ideias de carreiras

23 jul 2015
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Imagem de jesadaphorn no FreeDigitalPhotos.net

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– E, aí, Gil, pensou sobre suas possibilidades de carreira?
– Pensei, como eu pensei, Rangel.
– Muito bom.
– Sabe, eu até gastei um bom tempo na internet fazendo pesquisas.
– Sério. De que tipo?
– Ah, eu queria ter ideias de carreiras. Então joguei lá no Google: “como empreender”; “ideias de negócio”; “ideias criativas de negócio”; “o que fazer da vida”.
– “O que fazer da vida”?! Quer dizer que, agora, o Google é oráculo? Você achou que pudesse descobrir ali o que vai ser da sua vida profissional?
– Ah, Rangel, sabe como é, né? Vai que surge uma ideia…
– Bom, mas você conseguiu listar algo?
– Sim. Primeiro pensei em empresas onde eu poderia trabalhar. E fiquei com vontade de me candidatar a alguma vaga em uma companhia jovem, moderna, de vanguarda, tipo o Google e o Facebook. Quem sabe lá a minha criatividade não seria melhor aproveitada?
– E você sabe qual cargo ou função seria bom para você nessas empresas?
– Não… Na verdade, eu pretendo entrar no site deles e pesquisar vagas que combinem com minhas habilidades. Sabe como é: hoje em dia há carreiras novas, das quais pouca gente ouviu falar.
– Ok. Então vou anotar essas possiblidades aqui. No que mais você pensou?
– Ah! Pensei que esta é uma oportunidade de colocar em prática uma ideia de negócio que eu tenho há tempos.
– Qual negócio?
– Puxa, eu sempre vejo pais aflitos com crianças na farmácia. Já até conversei com amigos sobre o assunto. E eles me contaram que, as vezes, saem do pediatra, sozinhos, com a criança doente e precisam comprar o remédio receitado. Quase nunca dá para esperar o delivery, que pode demorar. Aí, quando chegam na farmácia, precisam decidir se deixam a criança dormindo, com febre ou coisa do tipo no carro, ou a carregam para dentro, no colo, com desconforto, para fazer a compra. Puxa, isso deve ser um inferno! Se existisse um drive-in de farmácias, seria muito mais simples!
– Hahahahahahahaha. Você é engraçado, Gil. De fato a ideia é boa. Mas isso realmente tem a ver com você e com o que deseja para sua carreira?
– É… Não sei… Quer dizer, não. Não tem. Só acho a ideia boa.
– Hahahahaa. Ok. Vou anotar aqui, mas acho que essa não é exatamente uma possibilidade para você.
– Ok. Bom, além disso, pensei em seguir carreira acadêmica. Gosto muito de estudar o tema do meu trabalho, que é comunicação. E tem tanta coisa bacana acontecendo. Eu poderia achar uma linha de pesquisa, fazer mestrado, doutorado e me preparar para ser professor. Acho que eu ia gostar disso.
– Anotado. O que tem mais aí?
– Tenho tido muita vontade de voltar para o teatro. Quem sabe fazer um curso profissionalizante e tentar processos seletivos para papéis na TV?
– Sei… O que mais?
– Ai… Eu tenho uma outra ideia de negócio, mas ainda não está bem formatada. Sabe, eu percebo que está acontecendo uma movimentação no mercado, as empresas todas, sem exceção, precisam estar presentes também no cenário digital. Quem sabe uma agência de conteúdo digital? Penso muito nisso.
– Anotado também. Agora vamos dividir essas carreiras em óbvias, não-óbvias e descartáveis.
– Ah, está fácil. Vamos descartar a farmácia, né? Vou dar a ideia para alguém do ramo. Entre as óbvias, ficam o Google, o Facebook e a agência digital. E as não-óbvias são o teatro e a universidade.
– Boa. Falaremos mais sobre elas na próxima semana.
– Combinado.

Papo de Coaching é uma seção fixa onde discuto assuntos sobre os quais trato dentro do meu escritório. Às quintas-feiras, conto a vocês as histórias de uma pessoa especial, o Gil Vicente. Ele é um personagem fictício, mas suas dúvidas e angústias são muito reais. A voz de GV é a voz de outros clientes que, todos os dias, colocam em dúvida o que estão fazendo para viver, enfrentam desafios para se relacionar melhor no ambiente corporativo, para disputar uma promoção, para dar conta de muitas tarefas em um só dia. É disso que falaremos nesta coluna.  

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