Papo de Coaching

As principais características de um bom líder

26 nov 2015
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Apesar das conversas que tivemos em nossos últimos encontros sobre como lidar com a pisada de bola de sua secretária e, em seguida, como motivá-la apesar dos problemas, Gil continuava inseguro com seu novo papel: o de líder. Em nossa sessão, colocou em dúvida sua capacidade de ser um bom gestor. “Rangel, se eu não consigo nem orientar bem a minha secretária, como é que eu vou manter uma equipe, algo que eu pretendo fazer no futuro desta empresa?”, perguntou, já desesperado, como sempre. Trabalhamos essa fragilidade em meu escritório, com técnicas de coach, mas eu achei bom enviar para ele um artigo que eu já havia escrito sobre as habilidades de um bom líder. Ali estava tudo o que eu disse pessoalmente, mas acho bom guardar textos como esse para ler quando necessário.

As principais características de um bom chefe

Gosto de uma anedota sobre executivos de empresas, pessoas que são chefes, lideram pessoas. Certa vez em um desfile de uma parada militar comemorando o dia da independência, passou desfilando um grupo de executivos de empresas. Eram homens de paletó e gravata com maletas tipo 007 que marchavam a passos firmes. Estranhando aquelas pessoas no desfile o Presidente da República perguntou ao Chefe das Forças Armadas: “quem são essas pessoas? Por que estão no desfile? E o General respondeu: “São Executivos de empresas! O senhor não imagina o poder de destruição dessas pessoas”!

É uma anedota que tem um fundo de verdade. A maioria das pessoas que estão em cargos de liderança não tem as habilidades necessárias para ser um bom chefe, um bom líder. O proprietário de uma pequena ou media empresa pode ser um excelente técnico e emprendedor, mas nem sempre ele tem as habilidades para gerir a equipe. Confunde o seu papel de “dono”, “proprietário” e com isso não exercita o que é mais importante que é liderar as pessoas de forma que as inspire e as faça colaborar de forma comprometida e motivada.
Com base na minha experiência como coach de proprietários de empresas, diretores e gerentes eu elenquei as 5 principais características de um bom chefe:

  1. Habilidades para estabelecer objetivos para a equipe e criar metas. Sabem da importância do “norte” para a equipe, pois a falta de um norte causa confusão entre a equipe. Comunicação claramente os objetivos e as metas. Trabalham com foco, definindo poucos e importantes indicadores e acompanham os resultados sistematicamente. Sabem que para planejar é preciso estabelecer objetivos se não, não há o que planejar.
  2. Habilidades para planejar. Valorizam o planejamento e sabem como envolver as pessoas no planejamento. Seguem o ciclo básico do gerenciamento: Planejar, Fazer, Comparar e Corrigir e assim transformam os planos em rotina. Não deixam ficar na prateleira. 
  3. Habilidades para desenvolver os colaboradores. Assumem o papel de treinador de sua equipe e sabem da importância do feedback no desenvolvimento profissional pois a falta de feedback acarreta dúvida nos colaboradores.
  4. Habilidades para manter a equipe motivada. Procuram entender o que motiva as pessoas e sabem que não é só dinheiro que gera motivação? Sabem da importância do tratamento pessoal nas relações e reconhecem a inutilidade da bronca. E o mais importante: procuram atender às 3 necessidades básicas das pessoas: serem ouvidas, serem reconhecida, terem o direito de errar na tentativa de acertar.
  5. Abertura para mudanças. Estimulam novas ideias. Usam uma pergunta poderosa: o que você vai fazer DE DIFERENTE esta semana que vai ajudar você a atingir seus objetivos?
    Acredito fortemente que um chefe que tenha essas habilidades, sem dúvida alguma será um gestor muito em sucedido.

Alexandre Rangel”

Papo de Coaching é uma seção fixa onde discuto assuntos sobre os quais trato dentro do meu escritório. Às quintas-feiras, conto a vocês as histórias de uma pessoa especial, o Gil Vicente. Ele é um personagem fictício, mas suas dúvidas e angústias são muito reais. A voz de GV é a voz de outros clientes que, todos os dias, colocam em dúvida o que estão fazendo para viver, enfrentam desafios para se relacionar melhor no ambiente corporativo, para disputar uma promoção, para dar conta de muitas tarefas em um só dia. É disso que falaremos nesta coluna.  

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Precisamos falar sobre a Geração C

19 nov 2015
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Hoje vou aproveitar este espaço para falar de um problema atual, que ainda não aconteceu com o Gil, mas sobre o qual eu discuto muito dentro do meu escritório com outros coachees: um novo conflito de gerações. Certo desconforto entre as diversas faixas etárias dentro de um ambiente de trabalho sempre houve. Afinal, é bem difícil ser chefiado, por exemplo, por alguém mais novo. No entanto, atualmente eu tenho observado que esse tipo de diferença já não incomoda mais tanto. O verdadeiro embate se dá entre as pessoas que são conectadas, que editam a própria vida nas linhas do tempo das redes sociais, consomem e produzem informação o tempo todo, e as pessoas que ainda não aderiam às novas tecnologias e ao novo comportamento que elas criaram. É aí que mora o problema atualmente.

Há alguns meses, escrevi sobre o assunto na coluna que mantive no site da revista EXAME. Se você tiver interesse, pode ler o artigo completo AQUI.

Papo de Coaching é uma seção fixa onde discuto assuntos sobre os quais trato dentro do meu escritório. Às quintas-feiras, conto a vocês as histórias de uma pessoa especial, o Gil Vicente. Ele é um personagem fictício, mas suas dúvidas e angústias são muito reais. A voz de GV é a voz de outros clientes que, todos os dias, colocam em dúvida o que estão fazendo para viver, enfrentam desafios para se relacionar melhor no ambiente corporativo, para disputar uma promoção, para dar conta de muitas tarefas em um só dia. É disso que falaremos nesta coluna.  

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