Papo de Coaching

É preciso decidir quem fica responsável pelo colaborador freelancer

10 dez 2015
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Gil estava um pouco atrasado naquele dia. Enquanto eu o esperava, repassei mentalmente nossa última sessão. Ele estava em dúvida sobre contratar um funcionário ou optar pela terceirização do serviço. Fiquei pensando no assunto e cheguei à conclusão de que, na minha opinião, o melhor para ele seria mesmo contar com um freelancer. Afinal de contas, a empresa está indo bem, mas ainda é muito recente. Assumir o risco e o custo da contratação por CLT é uma grande responsabilidade. Era nisso que eu pensava quando a campainha tocou.

– Como vai, Gil?
– Estou bem, Rangel. Desculpe o atraso. Como previsto, estou enrolado com muito trabalho.
– Pelo que vejo você fechou um novo negócio. É isso?
– Exatamente.
– Que bom! Parabéns.
– Obrigado, obrigado… mas, você já deve saber que continuo em dúvida.
– Ué!? Não decidiu o modelo de contratação ainda?
– Não. Quer dizer… Mais ou menos. Na verdade, eu acho que o mais vantajoso para mim é mesmo chamar um freelancer para esse trabalho pontual. Depois, se o cliente permanecer comigo e, sobretudo, se eu me der bem com a pessoa escolhida, posso pensar numa contratação fixa. Mas agora ainda não.
– Ótimo. Eu estava mesmo pensando nisso quando a campainha tocou e eu vim lhe receber.
– Pois é… Mas tenho uma dúvida sobre isso: quem contrata essa pessoa? Eu ou o cliente?
– Bom, isso é algo que você precisa decidir. Se você quiser arcar com os custos – lembre-se de que serão pagos impostos…– e também a responsabilidade total sobre o trabalho dessa pessoa, fica livre para chamar quem você quiser para o job. Uma outra opção é apresentar opções para o seu cliente, indicar pessoas que você conhece e, então, deixar que ele escolha, pague e também fique responsável pelo que a pessoa entregar.
– É… Me parece que a segunda opção é mais vantajosa para mim.
– Sim, parece. Mas, neste caso, você tem que estar aberto a aceitar a escolha do próprio cliente. Ele pode conhecer alguém que faça o serviço e decidir contratar.
– Putz, nesse caso, a qualidade e o modo de trabalhar não passa pelo meu crivo, certo?
– Provavelmente não.
– Entendi. Bom, vou ter que pensar novamente no que fazer. Ai, que difícil isso. A cada etapa eu perco um tempão decidindo que rumo tomar. Eu queria mesmo é botar a mão na massa e trabalhar logo.
– Ué, mas você esta trabalhando, Gil!?
– Mais ou menos. Estou resolvendo detalhes burocráticos para poder trabalhar.
– Você está exercendo sua função de empresário, Gil. Lembre-se: quando se tem o próprio negócio, boa parte do trabalho é cuidar da administração dele. Ou você acha que um restaurateur passa o dia na cozinha, elaborando pratos?
– É verdade, né? As vezes eu esqueço disso.
– E tem mais: agora, tudo é muito novo. Dá mais trabalho mesmo. Logo, logo, você estará decidindo assuntos como esse num piscar de olhos. Pode acreditar.
– Ok. Vou confiar.

Papo de Coaching é uma seção fixa onde discuto assuntos sobre os quais trato dentro do meu escritório. Às quintas-feiras, conto a vocês as histórias de uma pessoa especial, o Gil Vicente. Ele é um personagem fictício, mas suas dúvidas e angústias são muito reais. A voz de GV é a voz de outros clientes que, todos os dias, colocam em dúvida o que estão fazendo para viver, enfrentam desafios para se relacionar melhor no ambiente corporativo, para disputar uma promoção, para dar conta de muitas tarefas em um só dia. É disso que falaremos nesta coluna.  

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Papo de Coaching

As vantagens e desvantagens da contratação de um funcionário

03 dez 2015
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Apesar de todos os dilemas, Gil estava animado. Seu primeiro cliente parecia feliz com o trabalho que ele vinha realizando e até um novo projeto tinha surgido. Foi assim que ele chegou ao meu escritório.

– Rangel, tive uma reunião ontem e, ao que tudo indica, nos próximos dias terei um cliente novo.
– Que notícia boa, Gil!
– Pois é. Estou animado, mas…
– Diga lá, o que te aflige, Gil?
– Você me conhece, não é, Rangel, já estou antecipando alguns problemas.
– O que foi desta vez.
– O negócio que estou para fechar é muito bacana. No entanto, o volume de trabalho é enorme. Não vou dar conta de fazer sozinho.
– Entendo. Você vai precisar contratar, é isso?
– Exato. No entanto, estou em dúvida se emprego alguém, no esquema CLT, ou se chamo um freelancer apenas para realizar este job.
– Sim. Essas são as duas alternativas. E, para decidir, você precisa ter claro em mente quais são os prós e os contras das duas modalidades.
– Eu andei pensando. Contratar alguém fixo seria ótimo. Afinal, eu poderia ter ajuda para prospectar novos clientes, teria alguém com quem trocar ideia e, mais do que isso, alguém para quem passar a cultura da empresa que estou criando.
– Isso mesmo. Essas, sem dúvidas, são as vantagens de ter um funcionário fixo, mas…
– Mas tem os encargos, não é, Rangel? Eu tenho medo de precisar demitir quando terminar um dos contratos.
– Veja, Gil, a demissão faz parte da vida de um empresário. Mas, de fato, é algo a ser considerado. E quais seriam as vantagens da contratação de um freelancer?
– Bom, o freelancer resolve o problema do custo fixo. Quando acabar o trabalho, acaba o custo que eu terei com ele. No entanto, tenho medo de que ele não tenha o mesmo compromisso de um contratado. Além disso, não vou poder demandar outras funções, como a prospecção de novos negócios, nem terei alguém com quem trocar ideias.
– Você está certo, Gil. Concordo com você sobre as vantagens e desvantagens das duas modalidades que você levantou. Agora, você já sabe: eu não tenho uma resposta fechada.
– Eu sei, eu sei. E nem posso decidir isso já. Preciso, primeiro, assinar o contrato.
– Isso. Depois que tudo estiver certo, reavalie, com os prós e contras em mente, e tome a decisão. Se precisar, é só me chamar.

Papo de Coaching é uma seção fixa onde discuto assuntos sobre os quais trato dentro do meu escritório. Às quintas-feiras, conto a vocês as histórias de uma pessoa especial, o Gil Vicente. Ele é um personagem fictício, mas suas dúvidas e angústias são muito reais. A voz de GV é a voz de outros clientes que, todos os dias, colocam em dúvida o que estão fazendo para viver, enfrentam desafios para se relacionar melhor no ambiente corporativo, para disputar uma promoção, para dar conta de muitas tarefas em um só dia. É disso que falaremos nesta coluna.  

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